5 descobertas do Oi Rio Pro
John John é (deve ser?!) brasileiro e água limpa é mais importante que onda boa estão entre elas.
Publicada em: 20/05/2016 15:52:16
1 - John John é mais ou tão querido quanto os surfistas brasileiros
Quando os fãs viam o John John no palanque era uma loucura. O nível da gritaria era de longe o mais alto de todos. Nem os dois últimos campeões mundiais, Gabriel Medina e Adriano de Souza, que são brasileiros, tinham o "selfie" tão desejado como o dele. Um momento que essa paixão ficou muita clara, foi quando a torcida comemorava as manobras de JJF mesmo sabendo que elas poderiam derrotar um ídolo nacional, o Mineirinho.
2 – Jack Freestone fez fila
Foto: Daniel S Morigo
O novato derrotou grandes nomes do surf brasileiro como Ítalo, Pupo e Gabriel Medina. Após uma lesão na Gold Coast, ele que é revelação, ficou fora das etapas de Bells e Margareth, mas voltou com tudo para etapa no Rio e fez a sua primeira final de CT.
Freestone parecia ter entendido as ondas no Postinho e conseguia geralmente encaixar 2 manobras fortes. Um diferencial grande eram as suas batidas na junção por debaixo do lip. Aquilo pareceu ter chamado a atenção dos juízes e sempre arrancava uns pontos extras.
Ele estreou esse ano no tour, mora em Coolangatta na Australia, é bicampeão mundial pro junior e tem 24 anos.
3 – A organização priorizou água limpa à onda boa
Como previsão oficial do evento mostrava ondas melhores na sexta e no sábado, ficou difícil entender porque colocar os atletas em um mar balançado e com vento maral. A decisão de ter ou não ter competição é sempre pautada pelo o que diz a previsão. Se a previsão diz que ondas melhores virão, normalmente se espera. Mas não foi o que aconteceu nessa etapa.
Foto: Previsão do Surfline - Oficial do evento
Questionamos algumas pessoas que trabalhavam no evento: por quê não esperar os próximos dias? Nos foi dito que uma grande preocupação era a poluição. A direção do swell iria mudar de sul para sudeste e aumentaria a probabilidade de trazer sujeira à praia. Se isso ocorresse, o evento teria que voltar para Grumari, onde a logística era muito mais complicada.
Vale ressaltar que no Brasil, para se determinar a balneabilidade, são aceitos índices mais altos de bactérias na água e por isso os estrangeiros podem se sentir mal com mais facilidade.
4 – Medina lançou uma nova comemoração
Foto: Daniel Morigo - WSL
Já vimos vários tipos de comemoração como por exemplo, mão para o alto simbolizando uma vitória, surfistas batendo no peito do tipo "Eu sou o cara!", e até mesmo mão na cintura e olhando para os juízes como quem diz, “e agora?”. Mas essa última do Medina deixou dúvida sobre o que ele quer dizer, pois até pareceu um pedido de desculpas.
Fomos perguntar ao Charlão o que aquilo simbolizava para Medina depois de completar o primeiro backflip da história de competição do surf e ele respondeu:
“Ahhh é tipo um... O que eu posso fazer neh (risos)?!”
É preciso reconhecer que Medina voltou a ser Medina, e provavelmente lembrarão mais desse evento por causa do backflip do que por causa do evento em si.
Foto: band
5 – A importância de um brasileiro não ter vencido.
Calma. Nós estávamos torcendo para o Brasil, é claro. Mas existe um lado bom em não termos levado essa. Com tantas críticas e questionamentos sobre se a WSL deveria manter o Rio Pro, vindo principalmente da mídia especializada internacional mas também de alguns atletas, é ótimo que um cara como o John John tenha ganho. Ele é um dos melhores surfista do mundo e já venceu a etapa do Rio duas vezes. É de se imaginar que ele tenha uma boa sintonia com as ondas da cidade e ajude a defender uma etapa aqui.
Esperamos que em 2017 tenhamos o Rio Pro de volta! Afinal de contas, segundo a própria WSL, o Oi Rio Pro 2015 foi o maior evento da história do esporte. O público compareceu em peso para prestigiar o evento e os atletas e fez da areia do Postinho um verdadeiro maracaña do surf.
Foto: WSL
Publicada em: 20/05/2016 15:52:16